Image hosting by Photobucket

segunda-feira, julho 31, 2006

Adultério

Ele – Se não sabes “como?”
Deixa que o Desejo sabe bem
Por que te vem à lembrança o meu nome
Quando perguntas “quem?”

Ela – Se fazes e aconteces
Nos jogos de palavras
(em que o teu olhar se esconde)
Nem me aqueces nem me arrefeces
Antes, pelo contrário, me aborreces
Quanto me fintas e te furtas ao “onde?”

Ele – Se, p’ra nosso espanto,
No acontecer furtivo do delito-encanto
A vontade vergar o corpo, requebrando,
Bebes no adultério o teu choro
Desejas não ter havido um “quando?”

Ela – Se te encontro
E te prometes
Ao acontecer de nos entretecermos
Ao rubor das tuas faces me assomo
E canto-te para nós percebermos
O que nos levou ao “como?”

…Assim fomos
Em quatro palavras o plano
Humanos, é o que somos!
Na doce cama do engano.

terça-feira, julho 04, 2006

Doce pecado a cor dos teus olhos

Deixa-me apaixonar pelos teus olhos castanhos, que não me esqueço desse abismo onde caí sem querer.
Nadei no teu olhar à luz do teu sorriso de quarto minguante, minutos que se ganharam entre vistas.
O teu olhar culpado já te vendeu o corpo á cumplicidade.
Tenho vontade de ti, mas sem razão, a não ser a que os teus olhos me dão. Tenho vontade de ti, mas sem alento, a não ser o que a tentação me dá.
Deixa-me apaixonar pelos teus olhos castanhos e brindemos com os lábios aodestino que nos encontrou sem morada.
Escondo-me nos teus cabelos e num brinde solitário louvo o frio que me faz querer embrulhar-me nas tuas longas pestanas.
Aparto-me da trivialidade de te encontrar numa noite que passou e abraço-te o olhar com os lábios crus.
Deixa-me apaixonar pelos teus olhos bocas que me mordem os sentidos a mim, que te sinto num olhar acaso em que me tiras de um sentir ocaso.
Saberei eu dizer que te quero?
Deixo aos os meus olhos a conversa e expresso-me na tua linguagem de olhar mel.
Doce pecado a cor dos teus olhos.