Vês
Dizem as más línguas que foste aquela provocação que nasceu no verão, neste verão, de pulsos quentes e latejantes que se arrastou no meu pensamento.
Sempre que nosso senhor pretende ver qualquer coisa de mais divertido lança à roleta os nossos ossos e a nossa existência.
Sempre que me lembro de dar ao manifesto sonhos de perfeição, surgem-me os vapores de um nevoeiro londrino, envolto em teus braços, rodopiando no teu cheiro, querendo de ti ser chama e gelo.
Lembro-me da primeira vez que te vi.
O meu amor é menos do que eu quero e mais do que mereço.
Quando se anda por aqui a modos de que a fingir vitórias que não existem, beijos que não se dão, lágrimas que se derretem em fingidelas puxadas de olheiras, mais parece que o nosso amor é aquilo que as tuas mãos querem saber dizer, nada.
Não me apetece escrever nada.
Não é tanto o medo de morrer, convenhamos. Nem o medo só, abandonado. Esse, o medo, é brandido em cálices de Ballantines