Foste sobre a mesa
Prometo-te que vou ser breve.
O banquete que faço de ti, da voluptuosidade dos teus braços, da formosura das tuas pernas. Num manjar divino e suculento, abro o meu apetite com o passar das minhas mãos sobre as tuas formas.
O banquete que faço de ti, da voluptuosidade dos teus braços, da formosura das tuas pernas. Num manjar divino e suculento, abro o meu apetite com o passar das minhas mãos sobre as tuas formas.
Amo-te de gula no prato onde me és servida.
Saboreio-te as coxas fartas com beijos dentadas. Mastigo-te as faces rosadas e a tua nuca. Afogo-me no vinho que vou bebendo para te degustar a carne (que antes fosse matéria). Vou-te despindo à medida da minha fome e encontro seios enchidos que petisco, carne da carne do pecado que já venho a cometer.
Amo-te de gula.
Num prato feito barriga, num umbigo que se furta ao meu apetite (porque te contrais arrepiada), és presa do predador desejo. Joelhos de queijo que vou trincando com lábios pão. Depois de te devorar, és ainda sobre a mesa. Enamoro-me dos teus olhos de avelã na doçura do teu sorriso pudim de baunilha e chocolate de prazer. Oásis de algodão doce farpado, cama de caramelo vidro. És ainda sobre a mesa depois de jantar farto de mim. Bebo café dos teus lábios e o digestivo dos teus afagos.
Cigarro.