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quinta-feira, julho 07, 2005

Reaccionismos...

Entre o negócio e a caridade
Sobeja-me o catecismo
E, nisso, cismo
Devoto-me, singelo, ao cepticismo
Até que a fé me dê idade

E tudo porque…

Se o crime não compensa
Como tanta gente pensa
Por que motivo há tanto glutão
Escondido na dispensa?

Ou ainda…

Quem semeia palavra colhe culpa
Quem discursa arrisca-se a mentir
Nas tetas da vaca nem toda a gente chupa
Se apenas alguns mandam, a maior parte tem de sentir

Mas isto são assuntos sem poesia
Apenas um retrato do “reaccionismo”
Humilde noto que se diz em demasia
E pouco se faz, é nisso que cismo!

Tactos…

Ou contractos de Razão, oculta emoção:

Já te tive na ponta dos dedos
A ti, aos teus risos, e aos teus medos…

Sondei-te a alma e tais refegos…

Os horizontes verticalizaram-se contra os medos…

De boca em beijo trocámos segredos:

Sendo, um do outro, amantes
E fazendo, dos sentidos, brinquedos…

Roupagem de Amor…

O teu peito de seda
Os teus mamilos de botão
O meu peito de camisa
Tendo as casas no coração
Nosso romance é fresca brisa
Trespassando o algodão
O teu toque é áspero cetim
A suavidade, com um senão:

Esse teu jeito pregado de andar
Me cinta o peito que sente
O linho dos teus cabelos ao ar
Prende-me em ganga quente

E, assim, resisto às malhas que teces
Tingido que estou deste vermelho ardente.