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sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O que não se diz, escreve-se!

Abandonar-te é abandonar-me
E não ter-te é morrer em pé
Ouvidos moucos, juras mal feitas
A quem amo e por quem é

Se por mim ou por ti
Se te amo ou se me amas
E amar-te é sem ter fim
Já nos vimos em tantas camas

Brindo pois ao futuro
O que passou me pregou partida
E deixar-te, deixou-me ferida
A pele que afagaste à saída

Sem principio te vi
Pois eterna te tornaste
Em que fogos te consumiste
Em que tempo me deixaste

Durmo agora sem fim
Ou procuro matar-me acordado
Sem ti, companheira, é triste
Viver é estar desconsolado



- Autor anónimo -

terça-feira, fevereiro 01, 2005

20 de Fevereiro

Em motivo obsessivo
Megalómano, impreciso
Investia o Governo
Com muita falta de siso
Em TGV’S e outras velocidades
Que andam a outro passo
E quase em contrapasso
Ou contra senso
Porque o comum
Assim o penso
Não vê progresso algum

Distraído, ou bem que descaído
Do pedestal do poder
Está um burro e trinta tolos
Para uns fina iguaria
Para o povo, papas e bolos

E espantam-se os cebolos
Se o povo às urnas não vai
Se o bebé de um levou nos cornos
Para o do outro não há pai

Esgrimam-se, então, com mimados preceitos
Os dois putos do recreio político
Que vestem mal o bibe, mas andam direitos
Palrando baboseiras em discurso mítico

E às direitas, que esquerdas
Bem com às esquerdas dextras
Andam milhões em crise
À espera de horas melhores que estas

Um com nome de filósofo
Outro com nome de atleta
Agridem-se com pobres demagogias
Para o povo o etc.

No jogo da macaca democrático
O vulgo não se isenta de responsabilidades
Pensem, com a cabeça, ma não de modo automático
Porque a vida não é a quinta das celebridades

Afugentem os retóricos
As propagandas e as publicidades…