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quinta-feira, novembro 24, 2005

A tua casa...

Um dia, um dia qualquer, em que, por acaso, não pretendia ir a lado nenhum.
Bati à tua porta, à porta da tua casa. Tu vieste à porta e recebeste-me de braços escancarados, em festa tremenda, apesar de não me conheceres de parte nenhuma. Tinhas ouvido falar de mim, tinhas visto o meu nome escrito, algures. Na intermitência da tua alegria, ao receberes-me, apontei aos teus olhos, ao teu coração, e disse-te coisas muito doces. Simplesmente. Tu, que não te conheces sem opinar, sobre isto ou aquilo, que não te conheces calada, pagaste na mesma moeda, mas, diga-se, à tua maneira. De qualquer forma, a brincadeira foi pano de fundo desse encontro insólito. Começámos por ficar no hall. Eu vislumbrava a sala, a entrada da cozinha e fazia pequenos esboços, nada de mais. Sempre que me recebias, nesses dias em que era estrangeiro, recebias-me no hall, e chegaste a dizer, até, que me poderia vir a sentar na tua salinha de estar. Assim foi.
Uma semana depois, talvez duas, quem sabe, estava sentado na tua sala de estar, a ver uma brasileira muito querida a cantar músicas de romances que já não existem. Garanto-te que não demorei muito a entusiasmar-me; tu, por ingenuidade ou provocação, bebias o teu chá, tranquilamente. Fui avisado para não pôr os pés em cima da mesa de centro, obedeci. No meio do que em mim ias conhecendo, punhas o teu perfume, feito de tépidas frases, doces também. Louvado sabor da tua canela. Enquanto ronronavas a tua ingenuidade, caí no erro de pensar que me ias mostrar a casa toda. Vi-me deitado numa cama que nunca tinha visto, vi-me a mexer dois ovos numa das tuas frigideiras, na tua cozinha, e vi-me a jantar contigo de cara iluminada pela luz de uma vela de amor. Vi copos de vinho, meio vazios, que sou pessimista por natureza; copos de vinho de uma festa só nossa…

A continuar…

$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:

At 1:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Escreves cada vez melhor...

 
At 2:53 da tarde, Blogger Marcaquinho do Chinês said...

muuuuuuuuuuuuuito obrigado, continua a ler então, para ter motivos para escrever mais...

 
At 10:22 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O motivo para escreveres não deveria ser esse ehehehe

 

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