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terça-feira, maio 03, 2005

Dos medos.

Não é tanto o medo de morrer, convenhamos. Nem o medo só, abandonado. Esse, o medo, é brandido em cálices de Ballantines
- vamos embora que o moço trouxe outra vez o Ballantines à baila
-Não, fiquem, raios partem
-Ficamos, que se .....
- dizia, não é o medo, que esse, é brandido em cálices de Ballantines, gelo, mais Ballantines, mais gelo, mais Ballantines, deixa o gelo, ok, Ballantines, Ballantines, Ballantines, Ballantines
Gosto de ti.
-Não é essa a deixa, Rui
-desculpa, tens razão....
- dizia, gosto de ti, e gosto ainda mais de ti, com pestanas de mosquito, gordas, vendilhão, encardidas do sol, terror sismíco, mesmo que te veja apenas a cabeça, divertida a baloiçar entre bricadeiras no piso inferior, um rabo de escultura na parede falsa, uma meia-luz à vista da lareira.
Observas que me apetece a demissão.
Procuras na estante o Guerra e Paz.
Engano.
Faz anos que não tenho livros que não possa levar comigo para uma ilha deserta.

Autor: Rui

$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:

At 11:17 da manhã, Anonymous Anónimo said...

tenho a certeza. a ansiedade não é um sentimento. é uma veia que passa perto do estômago. inflamada, dói.

 

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