PornografiKa.
Bem sei que é difícil escrever coisas agradáveis com intuito porno-erótico.
Em Portugal, tirando António Gancho, em especial "as dioptrias de Elisa", se a memória não me falha, e certas coisas do mestre Luiz Pacheco e outras tantas descrições assim a dar para o rebuscado do Esteves Cardoso, mas confesso, em género menor e abardinado, a prosa nacional não consegue ter um Bukowski de jeito, que lhe dê fino e grosso na arte.
Fino na dita escriba, grosso no dito cujo.
Garanto-vos, aos poucos que me devem ter paciência de ler, que ambicionei contar uma aventura erótica recente.
E que gostaria de contar pormenores sórdidos, húmidos e com gestos e contra-gestos, movimentos e paragens efectuados.
Mas depois, como a grande maioria vi-me reduzido a duas opções:
- Ou colocar a carne toda no assadouro tirando o pouco gozo estético eventualmente existente;
- ou, como homem que se preze, descarregar em meia-dúzia de linhas, séculos e séculos de imaginação pueril desfeita pela curta concretização.
Bem vistas as coisas, sempre temos dentro de nós um potencial argumentista de filmes pornográficos.
Que raios.
Assim como assim, guardo para mim a aventura.
Nada pode ser tão mau como a memória.
Autor: Rui
$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:
Se fosse tudo tão fácil de contar, qual seria a piada do esconder oh chefinho??? ;)
Sente-te!!!
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