Das correntes de ar.
Quando ela se lembrou que tínhamos ficado naquele meio-termo, tipo vela que teima em não se apagar ao primeiro sopro lançado, fiz saber que não gostava das tardes assim soltas.
O sol, maroto e medroso-mandrião, entrava com cuidados de vergonha pela janela.
O tapete, com franjas retorcidas, tinha já as marcas da humidade.
E eu, que fico sempre mal nestes retratos, deliciava-me em topar-lhe a semi-nudez preenchida pela minha camisa XL.
Lembrei-me que as histórias de amor são momentos tirados de dentro de segundos, e fui fechar a janela.
Não suporto correntes de ar.
Constipo-me com facilidade quando faço amor.
Autor: Rui
$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:
Como é que um capítulo aparentemente sentimentaloide se consegue esvair numa CORRENTE DE AR!
Adorei!
Sente-te...
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