Dos super-heróis.
No meu tempo - pouco depois dos animais deixarem de falar - havia super-heróis à séria. Dignos desse nome. Super-heróis. Apesar das fatiotas chegadas ao lombo - mas ninguém os assessorava na imagem, compreende-se... - impunham temor e tremuras. Lembro-me de escondido por trás de manuais escolares torcer por eles enquanto que num abrir e fechar de olhos salvavam Gotham City, Nova Iorque, e eu ansiava por eles em Lisboa, mais especificamente no bairro das Pedralvas, aqui para os lados de Benfica. Super-herói que se preze não tem fronteiras nem barreiras. São homens - super-heróis, claro está - do mundo. Por mim, que ando saudoso de muita coisa, e choroso por outras tantas, faz-me certa espécie encontrar por aí alguns supers escondidos e explorados, que por meio copo de tinto, relembram orgulhos passados, e dizem-se capazes de dar cabo deste e do outro mundo. Está visto que em Portugal, não temos grande sorte nestas andanças, mas o céu escuro e a vilania nos olhares, anda a toldar a coragem. Cada vez mais andamos a atinar menos com a coisa, com o importante, com o transcendente, como dizem os intelectuais da esquina. Vai não vai fugimos para o colo materno, e perguntamos-lhe se ainda existem super-heróis. Por mim, espero que sim. Preciso mesmo de pensar que tenho razão ainda em alguma coisa.
Autor: Rui
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