A sorte.
Sempre que nosso senhor pretende ver qualquer coisa de mais divertido lança à roleta os nossos ossos e a nossa existência.
Sabe ele, melhor que ninguém, que a malta por aqui se diverte em mundividências limitadas e grita apenas por amor, corpos quentes, morte distante e dinheiro no bolso.
Somos simples...
Sei eu, voz embargada e piano distante, que a tua voz imita a minha a dizer que o rato roeu a rolha da garrafa do rei da rússia.
Serve-se assim o final do dia como um perfume que gastamos, encostados em destroços, de mãos dadas e adivinhas a pensar no fecho da janela que não se quer enquanto que frequentamos um paraíso mais distante, mais longe, que não se vê, vasto, enquanto do nada, te contentas a caminhar nua na minha direcção, sarabandeando velas e vento e teias de aranha e copos de vinho.
A rua, lá fora, escancara-se no perfeito sentido da tua beleza.
Autor: Rui
$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:
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