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sábado, abril 02, 2005

Amparo-me...

Há fogo, afagas-me, afogo-me
Em doces dedos, unhas que cortam
Em subtis medos, palavras que sufocam

Ardes, ardo, ar de
Ar de marialva, corpo gingão
Em que gestos me escondo
Escondendo o meu coração

Aperto, estás perto, estou perto
E reduzo-me ao pensar
Para provar-te que acerto (o passo!)

Contente, contento-me, com tento
Calcorreio ruas, calçadas novas
E então o passo fica lento

Paro, reparo, amparo-me
Numa ombreira de fria pedra
Exausto, ex auto, recosto-me

Repenso, estendo-me, por extenso
Nessa ombreira de róseo mármore
Retiro-me do mundo e encontro o senso

Retorno, reencontro-me, recomeço
O passo e o mundo, tudo mais denso
Depois de perdido em ti
A mim regresso…

$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:

At 12:22 da manhã, Anonymous Anónimo said...

é diferente ler. de ouvir. não pior, não melhor. diferente. mas ó foda-se... tão bom! tão bom.

margarida

 

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