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sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O que não se diz, escreve-se!

Abandonar-te é abandonar-me
E não ter-te é morrer em pé
Ouvidos moucos, juras mal feitas
A quem amo e por quem é

Se por mim ou por ti
Se te amo ou se me amas
E amar-te é sem ter fim
Já nos vimos em tantas camas

Brindo pois ao futuro
O que passou me pregou partida
E deixar-te, deixou-me ferida
A pele que afagaste à saída

Sem principio te vi
Pois eterna te tornaste
Em que fogos te consumiste
Em que tempo me deixaste

Durmo agora sem fim
Ou procuro matar-me acordado
Sem ti, companheira, é triste
Viver é estar desconsolado



- Autor anónimo -

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