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quinta-feira, março 10, 2005

Na tua taberna

Ia eu por um trilho
Sem saber quem me governa
E o cão do desespero
A tentar morder-me a perna
Em teus olhos o teu brilho
Na tua mão, a pele, terna
E eu, estouvado andarilho,
Procurando a tua taberna

Abriga-me do frio
Protege-me do cão
Que mais não te peço
Que um pedaço de pão

Continuando no trilho
Que se fazia serpenteado
Umas vezes caí
Noutras estive deitado
Perseguia-me o cão
Pelo desespero enviado
Esconde-me no teu coração
Para não mais ser assaltado

Abriga-me do frio
Protege-me da besta
Que mais não te peço
Que colo p’ra sesta

Comecei a correr
E ao fundo o horizonte
Ansiava, sedento, beber
Da água da tua fonte
E de mim apenas as pernas
Para que pudesse continuar
Na taberna esperavas tu
Mais o teu jeito de amar

Abriga-me do frio
Protege-me da fera
Que mais não te peço
Senão a Primavera

$BlogItemCommentCount$>Inventaram o Amor:

At 1:42 da manhã, Blogger Margarida Batista said...

Marco, só posso dizer que bonito, muito bom, métrica perfeita, boa cadência, que mais posso dizer?... obrigada!
É bom podermos ler estes momentos de talento.

 

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